O presidente da Associação da Juventude do Estado de Mato Grosso, Lucas Celestino, fez um apelo formal à Organização das Nações Unidas (ONU) para que a entidade internacional intervenha na questão das queimadas que assolam o estado do Mato Grosso e outras regiões do Brasil. Em sua declaração, Celestino destacou as consequências devastadoras das queimadas para o meio ambiente e, especialmente, para a saúde da população, afetada pela intensa fumaça gerada pela destruição de vastas áreas florestais.
Celestino frisou que a juventude mato-grossense, preocupada com o futuro do meio ambiente e da saúde pública, vê a necessidade urgente de um apoio internacional para enfrentar a crise das queimadas. Segundo o presidente da associação, o Brasil, e particularmente o Mato Grosso, tem sido palco de uma crescente degradação ambiental, com a destruição da vegetação nativa e a emissão de grandes quantidades de poluentes. "As queimadas estão comprometendo o ar que respiramos, a qualidade de vida de milhões de brasileiros e a biodiversidade que sustenta o equilíbrio ecológico", afirmou Celestino.
O presidente ressaltou que as queimadas, além de destruir áreas florestais e agrícolas, geram enormes prejuízos para a saúde pública, especialmente em populações vulneráveis. As partículas de fumaça, ricas em poluentes como o material particulado fino, estão causando um aumento alarmante nas doenças respiratórias, como asma, bronquite e outras complicações pulmonares. "Nossas unidades de saúde estão sobrecarregadas, e a situação piora a cada ano. Precisamos de ajuda técnica e financeira para mitigar esses danos", alertou.
A solicitação de apoio à ONU também incluiu a necessidade de parcerias globais para o desenvolvimento de soluções sustentáveis e a implementação de estratégias eficazes de combate às queimadas. Lucas Celestino sugeriu a criação de programas internacionais de monitoramento e prevenção, além de políticas ambientais mais rigorosas para controlar o desmatamento ilegal. Segundo ele, a preservação da Amazônia e do Cerrado, biomas que se estendem pelo Mato Grosso, é de interesse global, e por isso, deve ser tratada com a devida atenção pela comunidade internacional.
O *coordenador de saúde da Associação da Juventude do Estado de Mato Grosso*, Lucas Vinicius de Oliveira Peixoto, também se pronunciou sobre os impactos das queimadas na saúde da população. Ele destacou que as nuvens de fumaça, que permanecem por longos períodos no ar, estão agravando doenças respiratórias pré-existentes e causando novas infecções em comunidades que já enfrentam dificuldades de acesso à saúde. "Estamos observando um aumento considerável nos atendimentos por doenças respiratórias, especialmente entre crianças e idosos. A poluição do ar tem efeitos duradouros e nocivos, e a população mais vulnerável é a que mais sofre", afirmou Peixoto.
Peixoto também ressaltou a importância de ações coordenadas entre os governos locais e internacionais para melhorar a qualidade do ar e prevenir mais danos à saúde. Ele mencionou que o custo com tratamentos médicos está crescendo exponencialmente, e que sem um apoio robusto de organismos internacionais, como a ONU, as consequências para a saúde pública no Brasil serão ainda mais graves. "A ajuda internacional é crucial para implementarmos ações de curto e longo prazo, desde o combate direto às queimadas até a educação ambiental para prevenção de novos desastres", explicou.
Além dos impactos diretos à saúde, os prejuízos econômicos também foram mencionados por ambos os líderes da associação. As queimadas têm causado perdas significativas no setor agrícola, um dos pilares da economia do Mato Grosso, gerando desemprego e instabilidade econômica. A poluição gerada afeta diretamente as plantações e rebanhos, o que, por sua vez, compromete a segurança alimentar da região. Lucas Celestino enfatizou que, sem uma intervenção coordenada, o Mato Grosso pode enfrentar uma crise ambiental e humanitária de grandes proporções.
Por fim, tanto Lucas Celestino quanto Lucas Vinicius Peixoto expressaram sua confiança de que a ONU e a comunidade internacional ouvirão o apelo e tomarão medidas concretas para ajudar o Brasil a enfrentar essa crise. Eles reforçaram que a preservação do meio ambiente é um compromisso global, e que proteger as florestas brasileiras e a saúde da população local são prioridades que precisam de atenção imediata. "Esperamos que nosso pedido ecoe nas esferas internacionais e que possamos trabalhar juntos para garantir um futuro mais saudável e sustentável para o Brasil e para o mundo", concluiu Celestino.